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ALTERNATIVAS DE CONTROLE PARA O JUNQUINHO RESISTENTE AOS INIBIDORES DA ALS

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Academic year: 2020

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(1)ALTERNATIVAS DE CONTROLE PARA O JUNQUINHO RESISTENTE AOS INIBIDORES DA ALS. Guilherme Vieira Pentiado 1 Diego Martins Chiapinotto 2 Wagner Luiz Jaskulski 3 Pamela Carvalho de Lima 4 Carlos Eduardo Schaedler 5. Resumo: A resistência de plantas daninhas a herbicidas é uma das principais preocupações da agricultura moderna, pois limita ou inviabiliza o controle químico, causando perdas de produtividade e a depreciação de áreas. Biótipos de Cyperus iria L., com resistência cruzada aos inibidores da ALS. No Brasil, o primeiro caso em arroz irrigado ocorreu em 2014, no Rio Grande do Sul. Determinaram-se níveis de resistência aos herbicidas pyrazosulfuron-ethyl, imazethapyr, penoxsulam e bispyribac-sodium, pertencentes ao grupo das sulfonylureas, imidazolinones, triazolopyrimidines e pyrimidinyl(thio)benzoates, respectivamente. O objetivo foi avaliar alternativas de controle químico para Cyperus iria com resistência cruzada aos herbicidas inibidores da ALS, em lavouras de arroz irrigado no Sul do Brasil. Conduziram-se dois experimentos entre novembro de 2016 e abril de 2017, em casa de vegetação pertencente à Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA, campus Itaqui - RS). Foi utilizado o biótipo de CYPIR-21 (CYPYR-R), com resistência cruzada aos herbicidas inibidores da ALS, pertencentes ao grupo das imidazolinones; sulfonylureas; pyrimidinyl(thio)benzoates e triazolopyrimidines. Utilizaram-se ainda, sementes de CYPIR suscetível (CYPIR-S) e dois cultivares de arroz, BR IRGA 409 e IRGA 424 RI. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Entre março-abril de 2017 o experimento foi repetido, seguindo o mesmo procedimento. Os tratamentos foram: 1) testemunha; 2) imazethapyr (106 g i.a. ha-1) + Dash HC 0,5%; 3) imazapyr + imazapic (73,5 + 24,5 g i.a. ha-1) + Dash HC 0,5%; 4) bentazone (960 g i.a. ha-1) + Assist® 1%; 5) propanil (3600 g i.a. ha-1); 6) bentazone + imazamox (750 + 35 g i.a. ha-1) + Assist® 0,5%; 7) bentazone + imazamox (750 + 35 g i.a. ha-1) + imazapyr + imazapic (73,5 + 24,5 g i.a. ha-1) + Dash HC 0,5%; 8) associação de bentazone (960 g i.a. ha-1) + imazapyr + imazapic (73,5 + 24,5 g i.a. ha1) + Dash HC 0,5%; 9) glyphosate (1080 g e.a. ha-1); 10) propanil + triclopyr (2280 g i.a. ha-1 + 240 g e.a. ha-1). O volume de calda, conforme recomendação do fabricante, foi de: 0; 200; 100; 100; 400; 200; 200; 100; 100 e 200 L ha-1, respectivamente. Foi realizada diagnose visual de controle das plantas aos 7,.

(2) 14, 21 e 28 dias após o tratamento (DAT), observando-se o desenvolvimento de clorose, utilizando-se escala percentual. Aos 28 DAT as plantas remanescentes foram coletadas e colocadas em estufa de ar forçado a 60 °C por 72h, para determinar a matéria da parte aérea seca (MPAS). Os dados foram submetidos à análise de variância, ANOVA (p0,05). Os resultados obtidos constataram diferença entre o biótipo de Cyperus iria resistente (CYPIR-R), biótipo suscetível (CYPIR-S) e as cultivares de arroz irrigado, em resposta aos diferentes tratamentos químicos utilizados (p0,05). De modo geral, o biótipo de CYPIR-R mostrou-se suscetível ao controle químico, exceto quando tratado com herbicidas inibidores da ALS. Existem opções alternativas para o controle químico de Cyperus iria resistente aos inibidores da ALS e esses, quando associados com produtos que apresentam mecanismo de ação alternativo, não inviabilizam o uso da tecnologia ClearField® na cultura do arroz irrigado.. Palavras-chave: Daninhas; Herbicida; Cyperus iria.. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. ALTERNATIVAS DE CONTROLE PARA O JUNQUINHO RESISTENTE AOS INIBIDORES DA ALS 1 Aluno de graduação. Contaguilhermevieira@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. dchiapinotto.dc@gmail.com. Co-autor 3 Aluno de graduação. wagnerret@gmail.com. Co-autor 4 Aluno de graduação. carvalhopcl.agro@gmail.com. Co-autor 5 Docente. carlosschaedler@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE.

(3) ALTERNATIVAS DE CONTROLE PARA O JUNQUINHO RESISTENTE AOS INIBIDORES DA ALS. 1. INTRODUÇÃO A resistência de plantas daninhas a herbicidas é uma das principais preocupações da agricultura moderna (BURGOS et al., 2013), pois limita ou inviabiliza o controle químico, causando perdas de produtividade e a depreciação de áreas (TREZZI et al., 2011). Biótipos de Cyperus iria L., com resistência cruzada aos inibidores da ALS, foram identificados pela primeira vez em 2010 nos EUA (RIAR et al., 2015). No Brasil, o primeiro caso em arroz irrigado ocorreu em 2014, no Rio Grande do Sul. Determinaram-se níveis de resistência aos herbicidas pyrazosulfuron-ethyl, imazethapyr, penoxsulam e bispyribac-sodium (HEAP, 2017), pertencentes ao grupo das sulfonylureas, imidazolinones, triazolopyrimidines e pyrimidinyl(thio)benzoates, respectivamente. Definido o nível de resistência dos biótipos, devem-se adotar medidas de controle, como a utilização de herbicidas com mecanismo de ação alternativo. Esta estratégia permite o manejo de plantas daninhas resistentes com rotações, associações ou aplicações sequenciais de herbicidas (BECKIE e TARDIF, 2012). O objetivo foi avaliar alternativas de controle químico para Cyperus iria com resistência cruzada aos herbicidas inibidores da ALS, ocorrente em lavouras de arroz irrigado no Sul do Brasil. 2. METODOLOGIA Conduziram-se dois experimentos entre novembro de 2016 e abril de 2017, em casa de vegetação pertencente à Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA, campus Itaqui ± RS). Foi utilizado o biótipo de CYPIR-21 (CYPYR-R), com resistência cruzada aos herbicidas inibidores da ALS, pertencentes ao grupo das imidazolinones; sulfonylureas; pyrimidinyl(thio)benzoates e triazolopyrimidines (Heap, 2017). Utilizaram-se ainda, sementes de CYPIR suscetível (CYPIR-S) e dois cultivares de arroz, BR IRGA 409 e IRGA 424 RI. No dia 7 de novembro de 2016, foram semeadas em duas bandejas de 128 células, contendo PLINTOSSOLO Háplico peneirado (Embrapa, 2013) e esterilizado (autoclave a 100°C durante 1h), sementes de CYPIR-R e CYPIR-S, em casa de YHJHWDomR FRP ³IORDWLQJ´- lâmina de água de 10 cm. Aos 10 dias após a emergência (DAE), as plântulas foram transplantadas para unidades plásticas com capacidade de 0,3 L (uma por vaso) perfuradas (irrigação por capilaridade), contendo solo peneirado. Os cultivares de arroz foram semeados diretamente nas unidades plásticas, cinco dias antes do transplante de CYPIR, para coincidirem os estádios na DSOLFDomR $V XQLGDGHV IRUDP PDQWLGDV HP EDQGHMDV FRQWHQGR OkPLQD G¶iJXD. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Entre março-abril de 2017 o experimento foi repetido, seguindo o mesmo procedimento. Os tratamentos foram: 1) testemunha; 2) imazethapyr (106 g i.a. ha -1) + Dash HC 0,5%; 3) imazapyr + imazapic (73,5 + 24,5 g i.a. ha -1) + Dash HC 0,5%; 4) bentazone (960 g i.a. ha-1) + Assist® 1%; 5) propanil (3600 g i.a. ha-1); 6) bentazone + imazamox (750 + 35 g i.a. ha -1) + Assist® 0,5%; 7) bentazone + imazamox (750 + 35 g i.a. ha-1) + imazapyr + imazapic (73,5 + 24,5 g i.a. ha-1) + Dash HC 0,5%; 8) associação de bentazone (960 g i.a. ha -1) + imazapyr + imazapic (73,5 + 24,5 g i.a. ha-1) + Dash HC 0,5%; 9) glyphosate (1080 g e.a. ha -1); 10).

(4) propanil + triclopyr (2280 g i.a. ha-1 + 240 g e.a. ha-1). O volume de calda, conforme recomendação do fabricante (AGROFIT, 2017), foi de: 0; 200; 100; 100; 400; 200; 200; 100; 100 e 200 L ha-1, respectivamente. Foi realizada diagnose visual de controle das plantas aos 7, 14, 21 (dados não apresentados) e 28 dias após o tratamento (DAT), observando-se o desenvolvimento de clorose, utilizando-se escala percentual (BURRIL et al., 1976). Aos 28 DAT as plantas remanescentes foram coletadas e colocadas em estufa de ar forçado a 60 °C por 72h, para determinar a matéria da parte aérea seca (MPAS). Os GDGRV IRUDP VXEPHWLGRV j DQiOLVH GH YDULkQFLD $129$ S” 4XDQGR detectada diferença significativa, realizou-se a comparação entre biótipos x FXOWLYDUHV [ WUDWDPHQWRV KHUELFLGDV SHOR WHVWH '06 GH )LVFKHU S” 05). 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO Os resultados obtidos constataram diferença entre o biótipo de Cyperus iria resistente (CYPIR-R), biótipo suscetível (CYPIR-S) e as cultivares de arroz irrigado, em resposta aos diferentes tratamentos químicos utilizados (p” 'H PRGR JHUDO o biótipo de CYPIR-R mostrou-se suscetível ao controle químico, exceto quando tratado com herbicidas inibidores da ALS, aplicados de forma isolada (Tabela 1). Tabela 1: Controle (%) e redução de matéria da parte aérea seca (MPAS ± g planta1 ) de Cyperus iria resistente (CYPIR-R), C. iria suscetível (CYPIR-S) e de cultivares de arroz irrigado (BR IRGA 409 e IRGA 424 RI), 28 dias após o tratamento, em resposta a diferentes tratamentos herbicidas. Itaqui-RS, 2017. Tratamentos Bentazone (Bentazone + imazamox) (Bentazone + imazamox) + (Imazapyr + imazapic) Bentazone + (imazapyr + imazapic) Glyphosate Propanil + triclopyr Propanil Imazapir+imazapic Imazethapyr Testemunha CV Bentazone (Bentazone + imazamox) (Bentazone + imazamox) + (Imazapyr + imazapic) Bentazone + (imazapyr + imazapic) Glyphosate Propanil + triclopyr Propanil Imazapir+imazapic Imazethapyr Testemunha CV 1. Controle de C. iria e cultivares de arroz (%) CYPIR R CYPIR S BR 424 RI IRGA409 A¹ 100 a A 100 a¹ B 0,00 e B 0,00 d A 100 a A 100 a B 33,00 d C 1,00 d A 100 a A 100 a B 88,25 bc C 16,75 b A 100 a A 100 a A 97,00 a B 87,75 b B 0,00 c B 0,00 c A 0,00 c. A 100 a B 81,25 c C 1,25 d A 100 a A 99,75 a A 99,50 a A 100 a C 2,50 e B 7,00 cd A 99,00a D 0,00 e C 8,25 c A 90,25b A 89,75 b B 0,00 d A 85,5 c A 83,00 c B 0,00 d A 0,00 d A 0,00 e A 0,00 d 5,92 Redução de MPAS (g planta-1) A¹ 0,00 d A 0,00 c¹ C 0,40 a B 0,31 a A 0,00 d A 0,00 c B 0,15 d C 0,24 b A 0,00 d A 0,00 c B 0,12 e C 0,24 b A 0,00 d A 0,01 d. A 0,00 c A 0,00 c. A 0,00 d A 0,02 d C 0,45 a C 0,27 b A 0,17 c. A 0,00 c A 0,00 c A 0,05 b A 0,03 b B 0,19 a 12,69. B 0,09 f AB 0,03 h B 0,23 c C 0,29 b B 0,07 g A 0,06 g C 0,25 c. C 0,21 c B 0,04 d B 0,23 bc B 0,25 b D 0,25 b B 0,21 c C 0,25 b. Médias seguidas de mesma letra, antecedidas de maiúscula nas linhas e seguidas de minúscula nas colunas, não diferem estatisticamente pelo teste DMS de Fischer S”.

(5) O imazethapyr e (imazapyr + imazapic) são herbicidas inibidores da ALS, para uso exclusivo em cultivares com tecnologia ClearField® (MENEZES et al., 2009), justificando a seletividade ao cultivar IRGA 424 RI, bem como a fitotoxicidade e redução de MPAS no BR IRGA 409. Porém, quando aplicados em associação com herbicidas de outro mecanismo de ação, foram eficientes no controle de ambos os biótipos de CYPIR. A mistura de herbicidas é uma estratégia que tem se mostrado eficiente no controle de biótipos resistentes (EVANS et al., 2015). No Brasil, entretanto, o profissional responsável pela assistência técnica não pode receitar esta prática, em desacordo com as recomendações aprovadas na bula (GAZZIERO, 2015). 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Existem opções alternativas para o controle químico de Cyperus iria resistente aos inibidores da ALS e esses, quando associados com produtos que apresentam mecanismo de ação alternativo, não inviabilizam o uso da tecnologia ClearField ® na cultura do arroz irrigado. 5. REFERÊNCIAS AGROFIT. Sistema de consulta a agrotóxicos registrados no Brasil [internet]. Brasília, DF: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; 2017 [acesso em 27 fev 2017]. Disponível em: http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. BURGOS, N.R. et al. Review: confirmation of resistance to herbicides and evaluation of resistance levels. Weed Science, v. 61, n.1, p. 4-20, 2013. BURRILL, L.C.; CARDENAS, J.C.; LOCATELLI, E. Field manual for weed control research. Corvallis, International Plant Protection Center, 1976. 60p. BECKIE, H.J.; TARDIF, F.J. Herbicide cross resistance in weeds. Plant Protection, v. 35, p. 15-28, 2012. EVANS, J.A. et al. Managing the evolution of herbicide resistance. Pest Management Science, v. 72, n.1, p. 74-80, 2015. GAZZIERO, D.L.P. Misturas de agrotóxicos em tanque nas propriedades agrícolas do Brasil. Planta Daninha, v. 33, n. 1, p. 83-92, 2015. HEAP, I. Resistant rice flatsedge (Cyperus iria): Brazil, Rio Grande do Sul [internet]. The International Survey of Herbicide Resistant Weeds; 2017 [acesso em 16 fev 2017. Disponível em: http://www.weedscience.org/Details/Case.aspx?ResistID=13040. MENEZES, V.G. et al. Arroz-vermelho (Oryza sativa) resistente aos herbicidas imidazolinonas. Planta Daninha, v. 27, n. Especial, p. 1047-1052, 2009. RIAR, D.S. et al. Acetolactate synthase±inhibiting, herbicide-resistant rice flatsedge (Cyperus iria): cross-resistance and molecular mechanism of resistance. Weed Science, v. 63, n.4, p. 748-57, 2015. TREZZI, M.M. et al. Quick test of foliar immersion of Euphorbia heterophylla to confirm resistance to PPO and ALS-inhibiting herbicides. Planta Daninha, v. 29, n.4, p. 901-912, 2011..

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